As chuvas no período do inverno ficaram abaixo da média esperada para o período em Pernambuco, de acordo com a Agência Pernambucana de Água e Clima (Apac). Com o fim do inverno, nesta quarta-feira (23), termina também a fase chuvosa na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata, apontando por mais um ano de pouca precipitação no estado. O inverno, na região, é caracterizado principalmente pelas chuvas.
As temperaturas registradas no Grande Recife foram dentro dos valores históricos do período. A cidade de São Lourenço na Mata registrou a maior e a menor temperatura na estação, com 32°C no dia 24 de agosto e 17,2°C no dia 17 de julho. A máxima do inverno é de 35°C em agosto de 1984 e de 15°C em agosto de 1965, segundo a Apac.
O período chuvoso na Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife, que acontece geralmente de abril a julho, foi reduzido neste ano. “A quadra chuvosa se reduziu praticamente a um mês. Começava em maio e ia até julho. Em junho não choveu tanto, em julho que choveu”, explica o meteorologista da Apac, Vinícius Gomes.
De janeiro a agosto, a Região Metropolitana do Recife registrou um acumulado médio de 1387 milímetros de chuva, valor 22% menor que a média de 1.773 milímetros. Apenas Jaboatão dos Guararapes apresenta chuva pouco acima da média, registrando 1.788 milímetros de chuva. Recife teve, no período, 1.717 milímetros de chuva.
As chuvas foram localizadas e intensas, com registro de alagamentos em diversas cidades, especialmente ao longo do mês de julho. "Apesar do pequeno desvio, ainda é considerado dentro da média a chuva em Jaboatão", afirma o metereologista.
No mesmo período, a Zona da Mata registrou 921,4 milímetros de chuva, o que é 25% a menos que a média, de 1.247 milímetros. Apesar da maioria estar abaixo, alguns municípios tiveram chuvas acima da média, sendo 1.893 milímetros em Amaraji, 1.616 mm em Sirinhaém e 1.504 em Barreiros.
As chuvas costumam ocorrer no Sertão pernambucano de janeiro a março, mas os índices também estão abaixo. “A chuva que aconteceu foi pouca de janeiro e março, lá [Sertão] já é uma região que não tem chuvas nesta época”, aponta o metereologista.
A previsão da Apac para a primavera no estado é de chuvas fracas e isoladas no Litoral e Zona da Mata pernambucanos, com total de chuva inferior ao período do inverno.
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