A falsa protetora de animais Dalva Lins da Silva, acusada em 2012 de matar 37 gatos e cachorros, foi condenada na quinta-feira a mais de doze anos de prisão pela Justiça de São Paulo. A decisão é inédita no Brasil: pela primeira vez, uma pessoa foi condenada à prisão por maus-tratos e morte de animais.
De acordo com a ONG Adote um Gatinho, autora da acusação, Dalva recebia cães e gatos abandonados, mas não informava o destino dado aos animais - na verdade, a morte. Por conta disso, ativistas dos direitos dos animais contrataram um detetive particular, que ficou vinte dias espionando a casa dela. Foi ele quem a flagrou colocando os sacos de lixo na porta e vizinhos, no horário da coleta. No dia 12 daquele de 2012, a falsa protetora foi presa em sua casa, na Vila Mariana, na Zona Sul da capital paulista. No local, policiais militares encontraram medicamentos que eram aplicados nos animais.
A decisão da Vara Criminal da Justiça paulista é um fato novo porque crimes de maus-tratos têm penas inferiores a dois anos - o condenado cumpre penas alternativas, mas não chega a ser preso.
A juíza Patrícia Álvares Cruz, da Vara Criminal da Justiça paulista, determinou também que Dalva pague uma multa e pediu a prisão preventiva imediata da ré, inicialmente no sistema semiaberto. Para a juíza, os crimes foram praticados após tortura, já que as substâncias fizeram os animais agonizarem por mais trinta minutos até a morte.
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