Professores grevistas da rede estadual de ensino de Pernambuco protestam, na manhã de hoje, em frente ao Centro de Convenções do Estado (Cecon), em Olinda. A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe) para pressionar o governador Paulo Câmara a mudar suas políticas em relação à educação e interdita a Avenida Professor Andrade Bezerra desde as 9h. Durante o ato, o sindicato foi convocado para participar de mais uma reunião na Secretaria de Administração na tarde desta quarta.
O encontro com o secretário Milton Coelho está marcado para as 16h na sede da SAD, no Recife, e acontece um dia depois da última reunião entre as partes. Nesta terça, integrantes do Sintepe, da SAD e da Secretaria estadual de Educação se encontraram para conversar sobre a retomada das negociações acerca do reajuste salarial dos professores. Ao fim da reunião, no entanto, nenhum dos presentes conversou com a imprensa. Por meio da assessoria de comunicação, a SAD explicou que o encontro não teve caráter conclusivo.
Nesta quarta, o órgão informou que a nova reunião também acontece com o objetivo de reaproximar a categoria do governo, mas não vai discutir propostas de negociação. Por isso, a secretaria não sabe se vai se pronunciar ao fim do encontro. A presença do secretário de Educação, Frederico Amâncio, também não foi confirmada já que o gestor participa do seminário Todos por Pernambuco nesta quarta. O seminário acontece no Centro de Convenções e também conta com a participação do governador Paulo Câmara. Por isso, o Cecon foi o local escolhido pelo Sintepe para a mobilização desta quarta.
Os professores chegaram ao local por volta das 8h e distribuíram panfletos sobre a greve deflagrada no último dia 10 na entrada do prédio da Avenida Professor Andrade Bezerra, continuação da Estrada de Belém. A movimentação seguiu tranquila até as 9h, quando, segundo o Sintepe, houve um atrito com a Polícia Militar.
De acordo com o sindicato, um dos professores manifestantes passou mal durante o ato e caiu na rua. Os demais docentes rodearam o colega para impedir que ele fosse atingido pelos veículos que passavam na via. As equipes da Polícia Militar não teriam visto o professor doente e interviram para impedir a interdição da via. A confusão só teria acabado quando uma ambulância do Samu chegou ao local para socorrer o docente. Depois disso, os professores decidiram manter a avenida interditada. Segundo a Companhia de Trânsito de Olinda, a via ficou fechada por mais de uma hora e meia. Por isso, o trânsito ficou complicado no local.
A assessoria de comunicação da Polícia Militar foi informada do relato, mas disse que não poderia se pronunciar sobre o acontecido enquanto a operação estivesse em andamento. Segundo a PM, só depois que a manifestação for encerrada e os agentes saírem do local, será possível apurar o fato. A corporação se comprometeu a ouvir todos os envolvidos na operação e a analisar possíveis imagens da confusão. A PM ainda disse que todo excesso será avaliado, mas afirmou que recebeu relatos de que os professores estavam sendo ostensivos com os agentes que acompanhavam o ato.
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