Com a resistência dos presidentes da Câmara e do Senado e a recusa de Michel Temer de trabalhar pela volta da CPMF, o Planalto aposta na situação crítica das finanças estaduais para fazer avançar no Congresso o projeto que recria a contribuição. Mas apesar de algumas manifestações favoráveis, governadores, e não só de oposição, se recusam a pagar a fatura política da negociação. “Se a ajuda deles for semelhante à que deram no ajuste fiscal, não avança um milímetro”, diz um ministro. A informação é de Vera Magalhães, na Folha de S.Paulo deste sábado. Com mais detalhes:
De um cacique peemedebista sobre a recriação do tributo: “A exumação da CPMF pode enterrar Dilma de vez no volume morto”.
Aliados de Dilma veem no caso da CPMF a certeza de um duplo desgaste para o governo: o de ter anunciado a ideia sem combinar e o do provável recuo num futuro próximo.
“Dilma esqueceu uma regra básica: antes de entrar no recinto, veja se ele tem uma porta de saída”, diz um ministro descrente no avanço da proposta.
Interlocutores de Joaquim Levy dizem que o titular da Fazenda reconhece que a falta de negociação e o prazo apertado entre a decisão de recriar o tributo e o envio do projeto ao Congresso dificultam sua tramitação.
Segundo colegas, Levy afirma que não havia outra saída diante da queda da arrecadação de R$ 150 bilhões em relação à previsão.
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